Lembro que na próxima Quarta-feira, dia 28 de Outubro, mais uma poetisa portuguesa será homenageada na Unicepe, na noite de poesia e música deste mês, dedicada a Florbela Espanca. A sessão tem início às 21h30 e termina às 23h00. A música estará a cargo do nosso amigo Francisco Carvalho. Deixo-vos um poema de Florbela.
A minha tragédia
Tenho ódio à luz e raiva à claridade
Do sol, alegre, quente, na subida,
Parece que a minh'alma é perseguida
Por um carrasco cheio de maldade!
Ó minha vã, inútil mocidade,
Trazes-me embriagada, entontecida!...
Duns beijos que me deste noutra vida,
Trago em meus lábios roxos, a saudade!...
Eu não gosto do sol, eu tenho medo
Que me leiam nos olhos o segredo
De não amar ninguém, de ser assim!
Gosto da Noite imensa, triste, preta,
Como esta estranha e doida borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!...
Tenho ódio à luz e raiva à claridade
Do sol, alegre, quente, na subida,
Parece que a minh'alma é perseguida
Por um carrasco cheio de maldade!
Ó minha vã, inútil mocidade,
Trazes-me embriagada, entontecida!...
Duns beijos que me deste noutra vida,
Trago em meus lábios roxos, a saudade!...
Eu não gosto do sol, eu tenho medo
Que me leiam nos olhos o segredo
De não amar ninguém, de ser assim!
Gosto da Noite imensa, triste, preta,
Como esta estranha e doida borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!...
Sou o Avelino e vou fazer o possível por estar presente neste extraordinário convívio para se ouvir, recitar as poesias de Florbela Espanca e dar o nosso contributo, homenagiando suas obras e pena é que não possa estar entre nós em corpo, poderá estar em alma.Na sua vida nem tudo é triste, pois coisas existem que Florbela vive momentos alegres apesar de divulgar frases com sinónimo de tristeza.Admiro-a como mulher da sua época,onde mostrou que nem tudo seria próprio para o homem ao estudar advogacia.
ResponderEliminarPubliquei um artigo sobre a UNICEPE em http://cadernosemcapa.blogspot.com/2009/11/publicidade-merecida.html
ResponderEliminarAbraço